Ficha para híbridos

• Nome completo: Sophie Taullier Beaumont
• Idade: 16 anos
• Escolha duas raças. Anjos e Fadas
• Por que escolheu essas raças? Ambas as raças apresentam pureza e delicadeza, e uma inocência fofinha. Além disse, me enxerguei em muitos pontos delas.
• O que sabe sobre elas? Anjos são criaturas puras, sem egoísmo, com grande capacidade de amar, com alto grau de conhecimento e comparando aos seres humanos, com maior livre arbítrio. Fadas, por sua vez, são alegres, ativas, temperamentais, inteligentes, porém sem livre arbítrio. Seu rei é Oberon e sua rainha é Titânia. Anjos contam com uma hierarquia conforme o grau de evolução e funções, em ordem crescente: Anjos, Arcanjos, Tronos, Dominações, Principados, Potestades, Virtudes, Querubins e Serafins. As fadas são representadas com a aparência leve e pequena, porém isso é muito variado, pois podem assumir várias formas. Elas vivem em abaixo dos montes, florestas e campos, e os melhores lugares para entrar em contato com estes seres são: à beira do mar, ilhas, lugares iluminados de bosques e matos.
• Conte sua história. Conte como chegou ao castelo e como descobriu ser híbrida.
Cresci em uma cidadezinha ao norte de Paris, na França, junto a meus pais. Morávamos próximos a um bosque por onde corria um riacho, e minha mãe me levava para lá todos os dias. Meu pai trabalhava o dia inteiro em algum lugar que eu não sabia, mas voltava para casa sempre muito contente e satisfeito, bem como minha mãe ao passar algumas horas no bosque. Até os cinco anos, tudo pareceu bem normal para mim. Porém, no meu aniversário de seis anos, quando meu pai não foi ao trabalho e minha mãe não foi ao bosque para comemorarem meu dia, um homem alto e elegante surgiu em minha casa, através de uma luz muito forte. De repente, meu pai estava escondendo a mim e a minha mãe atrás dele. O homem, então, disse, sua voz tão poderosa que quase me fez ajoelhar, coisa que, percebi, minha mãe já havia feito.
"Giovanni, eu já lhe dei tempo demais."
"Oberon, não pode tomá-la agora! Mon Dieu, Temos uma criança para criar!" Disse meu pai, exaltado.
"Você está com nossa filha a sete anos, Beaumont. Aileen precisa cumprir suas obrigações como princesa."
"E Sophie? Como quer que ela cresça sem mãe?!"
Estiquei minha cabeça, curiosa para ver o homem com que meu pai discutia. Ele parecia familiar de alguma forma, então me levantei e, apesar da tentativa de meu pai para me manter sob sua proteção, caminhei até estar diretamente à frente daquele senhor.
"Moço, quem é você?"
O homem olhou para mim, parecendo surpreso com minha aproximação. Então, ele se abaixou e olhou bem em meus olhos, antes de dizer:
"Eu sou Oberon, rei das fadas. Pai de sua mãe."
"Ah, você é o vovô? Que legal! Sabia que hoje é meu aniversário?" Desandei a falar, e tanto Oberon quanto meu pai pareceram meio constrangidos. Falei por mais algum tempo, e Oberon eventualmente dizia algo, parecendo prestando bastante atenção em minha fala descontrolada.
"Eu amo muito o papai e a mamãe. Porque você quer levar a mamãe de mim, vovô?"
Ele olhou para mim por um minuto e o encarei de volta, sentindo no fundo uma vontade de baixar a cabeça, mas ignorando-a. Oberon, então, se levantou e olhou para papai.
"Vocês tem três dias para explicar tudo a ela. Depois disso, buscarei Aileen."
Ele passou a mão em minha cabeça e desapareceu em outro feixe de luz. Imediatamente após sua partida, mamãe se levantou e meu pai se sentou, com a cabeça entre as mãos. Mamãe foi até junto dele e pediu que eu fosse brincar lá fora.
No dia seguinte, ambos sentaram-se comigo. Eu não conseguia entender a seriedade da situação.
"Sophie... Temos algo a te dizer." Disseram, e começaram a me contar. "A alguns anos atrás, eu e sua mãe nos conhecemos. Ambos fazíamos missões, eu como querubim e ela como fada."
"Como assim, papai? Você é um anjo e mamãe é uma fada?" Como criança, não pude conter minha animação. Mamãe me repreendeu com um olhar, e voltei a ficar quieta.
"Nos apaixonamos e acabei pedindo-a em casamento. Oberon, porém, foi contra, afinal Aileen é uma princesa e tem várias obrigações para com o reino das fadas. Conversei, então, com Titânia e pedi-lhes apenas algum tempo para termos juntos. Com muita dificuldade, a rainha, que é de fato muito bondosa, convenceu seu marido a nos dar 6 anos. E, durante o primeiro desses 6 anos, Aileen engravidou e tivemos você."
"Papai queria me tirar de vocês ano passado, mas conseguimos burlar o acordo e permanecer mais um ano com você... Mas agora não temos mais como impedir papai de solicitar-me, ou ele seria capaz de tirar toda e qualquer força de vontade que eu tenha."
"Então... Eu nunca mais vou ver a mamãe?"
Eles não me responderam.
No dia seguinte, acordei mais tarde que o habitual. Meu quarto não era mais o mesmo, todas as minhas coisas estavam encaixotadas, e três malas que eu sabia serem minhas estavam ao pé da minha cama. Papai e mamãe não estavam em canto algum pela casa.
Troquei de roupa e sentei em minha cama. Fiquei naquela posição por horas, até que finalmente alguém apareceu. Não era papai, nem mamãe.
"Você é Sophie?"
"Sim, sou eu." Respondi. Algo havia mudado dentro de mim. Meus pais não estavam mais comigo, mas eu os sentia lá. Me confortei na sensação de proximidade que eu tinha com ambos. Papai era meu anjo da guarda. Mamãe era minha fada madrinha.
Muitos anos mais tarde, anos esses que passei na casa de amigos de meus pais que eram anjos e me ensinaram tanto quanto possível, papai e mamãe vieram me visitar. Não corporeamente, mas em meus sonhos. Conversamos pouco, pois eles não tinham muito tempo.
Eles me mandaram ir para o castelo, e assim o fiz. Escrevi uma carta de despedida e a deixei em minha cama. Embalei rapidamente minhas coisas, mais rápido do que pensei ser capaz, e mentalizei o local que papai e mamãe haviam deixado em minha mente. senti algo em minhas costas e vi asas ao olhar do espelho. Asas delicadas, com penas pequenas e macias. Peguei minhas coisas, que haviam diminuído estranhamente de forma a caber em meu bolso, e voei para o castelo.